quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pense nisso!

"Toda vez que as circunstâncias te induzam a ouvir as verdades do Evangelho, não penses que o acaso esteja presidindo a semelhantes eventos. Forças divinas estarão agindo a fim de que te informes quanto ao teu próprio caminho."

Chico Xavier

Trabalho, Amor, Fraternidade e União

Coruscam diamantinas luzes no zimbório celeste a nos falar da pluralidades dos mundos habitados, das muitas moradas na casa de nosso Pai[1], consoante a afirmativa de Jesus.

Estende-se o tapete azulino flamejando de lares felizes, uns de lutas, outros de provas e transição, de modo a acenar a cada um da necessidade dos maiores esforços nas leiras cristãs e espiritistas, em prol da evolução.

Nada obstante, filhos muito amados, fulgura de maneira sem igual, específica luz, uma estrela nobre, na extensão da abóbada celeste, que emoldura o Orbe Terreno e esse fulgor, de valor e quintessenlidade sublime, puríssima, imaculada - é Jesus, o Cristo de Deus, a conduzir a caminhada evolutiva das massas humanas. Tal fulgurança respinga claridades na Pátria do Cruzeiro e, como estrela bendita, acende todas as estrelas do lábaro brasileiro iluminando as federadas com o fulgor divino e o calor do chamamento à vivência evangélica, pautados em; Trabalho, Amor, Fraternidade e União.

E, assim, acesas tornam-se faróis a convidar os espíritas cristãos ao esforço constante, aos empenhos de fraternidade, de amor no bem. Esse mister, esse clamor, avançou para sexagenária data através do Pacto Áureo[2], cuja diligência, primeiro, fundou-se em instaurar entre irmãos; Trabalho, Amor, Fraternidade e União.

A progressão dos mundos sem fim, as ondas cíclicas de evolução dos orbes, os naturais fenômenos cósmicos, que regem a vida infra e extra mundos é algo que deve ser observado de forma serena, mui tranquila, atentando que o universo que circunda cada individualidade, nos pisos das ações diárias no bem, solicita toda atenção, requer dedicação completa, em forma de; Trabalho, Amor, Fraternidade e União.

De tal modo, compreendendo e empreendendo, o tempo não será despendido em vão; com receios, especulações inúteis, temores infundados, discussões estéreis, a partir da abrangência de que a conjugação de todos os planos é algo espontâneo e formado através da Lei de Sintonia Universal. Os mundos de paz, de ventura perfeita, de amor e fraternidade legítimos, vigem já nas construções de cada um, nas posições mentais, morais e espirituais das individualidades, haja vista que o mundo que nos é destinado está ínsito em cada espírito.

Pela potente lei de atração cada alma em lutas já estará vivendo em mundos mais felizes, a partir das conexões vibratórias que consiga estabelecer, emanar e distribuir onde quer que esteja.

Jesus vive espiritualmente em Mundos Ditosos, estrela de grandeza ímpar que pendeu sobre o Orbe Terreno, jamais maculou o Seu existir quando entre as moles humanas, comprometidas e sofredoras. Pois que a Sua passagem entre os homens foi, e ainda é, fincada em constante: Trabalho, Fraternidade, Amor e União.

O comando das Altas Esferas já outorgou mudanças determinantes nas sociedades da Terra, e tudo se move para grandes transformações, já não mais impendentes, posto que os efeitos destas transformações se mostram, sem retoques, a convocar aqueles que, de olhos injetados, observam os fatos convulsionados nas sociedades e as mudanças às vezes dolorosas, pois não se opera transformação sem revolução.

O chamado ecoa a todos os que desejam ouvir - avance sempre no; Trabalho, Fraternidade, Amor e União.

Filhos amados de nossa alma, nada temais! Nem se vos assoberbais com o que, ao redor, denuncie esquecimento ao dever, descaso e amodorramento nos empreendimentos com o Cristo. Sois responsáveis por vossos atos e pelos resultados deles! Aquele que abdica da tarefa com Jesus Cristo, e em prol da disseminação da Doutrina esclarecedora, sendo o mesmo Evangelho Redivivo, será infeliz por si só e colocar-se-á à margem da portentosa corrente de evolução; dinâmica e bendita, que avança anunciando: Trabalho, Fraternidade, Amor e União.

Aquele que estaciona fica, desafortunadamente por própria escolha, fora desse divino mecanismo de evolução pelos exercícios de superação, pois servir é transformar-se e quando servimos ao bem criamos cada vez mais recursos de superação das próprias limitações.

Unamos as mãos filhos em Cristo, sobretudo, os corações no chamamento amoroso do Cristo firmados em; Trabalho, Fraternidade, Amor e União!

Empenhemo-nos mais,
Esqueçamos o mal,
Reiteremos esforços,
Avancemos, sempre, desfraldando a bandeira de Ismael no imo do ser – “Deus, Cristo e Caridade”, recordando que vige na Pátria do Cruzeiro, hoje e sempre, o Pacto Áureo propondo união fraternal a ser guardado no carinho de todos os corações.

Deixo o meu mais sagrado ósculo de gratidão paternal exortando;
Trabalho, Fraternidade, Amor e União!

Meu abraço fraternal de sempre, do servidor menor,

Bezerra

Mensagem Psicográfica recebida por
Helaine Coutinho Sabbadini
no término da X Feira do Livro Espírita de Rio das Ostras
Em 18 de setembro de 2011

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Para Reflexão - DIVINA SUPRESA

Alma fraterna e boa,
Se o impulso da prece te abençoa,
Quando queiras orar,
Buscando segurança no Senhor,
Faz em qualquer lugar
O teu louvor ou a tua petição!...
A Terra inteira é um templo
Aberto à inspiração
Que verte das Alturas,
Mas, se quiseres encontrar
O mestre que procuras,
Atende, alma querida!...
Desce ao vale de lágrimas da vida,
A imensa retaguarda
Onde o consolo tarda...
Ouve a dor da penúria e o pranto da viuvez,
Volve à sombra das margens do caminho
E estende o braço forte
Aos que vagam sem norte,
Na saudade do lar que se desfez!...
Escuta os que se vão
À noite, ao frio e ao vento,
Sem poderem contar o próprio sofrimento,
Famintos de carinho e compreensão...
Pára e abraça a criança
Que o desprezo consome
E a doença extermina,
Pára e ausenta a nudez, a febre e a fome
Dessa flor pequenina!
Ouve o coro do enfermo que não tem
Senão pó, lama e lágrimas por leito
E, à guisa de aposento, um canto estreito
Na terra de ninguém.
Atentamente, anota em torno os brados
De quem conhece a mágoa no apogeu,
Os tristes corações despedaçados
Que a calúnia venceu...
Vais onde exista aflição,
Oferecendo a cada sofredor
Uma bênção de amor,
E, aí, surpreenderás um divino clarão
Que, dúlcido, irradia
Paz, bondade, alegria...
Em meio dessa luz,
Escutarás Jesus,
Enternecidamente,
A dizer-te no fundo da alma carente:
- Alma querida vem!...
Ouço-te a voz na prece, em qualquer parte,
Devo, entanto, esperar-te
Na seara do bem.
Chamaste-me, decerto,
Para saber que Deus ama e compreende em ti!...
Buscavas-me tão longe e aguardo-te tão perto...
Alma boa, eis-me aqui!...


Maria Dolores
Francisco Cândido Xavier

Caros confrades e confreiras, Jesus seja conosco!

Vimos lembrar que as reuniões públicas com passes das quartas feiras no GEAF passaram para as 16h. Hoje, dia 04, foram reiniciadas.

Em tempo; lembramos que a casa Espírita ficará aberta a partir das 16h às quartas feiras até o horário do estudo de Mediunidade (19h30min) para formação de outros grupos de estudo, ensaio do coral, tarefas etc.

Divulguem!

PAUTA DE PALESTRAS MÊS DE JANEIRO 2012

No mês de Janeiro o GEAF, nas palestras públicas, irá enfatizar o advento da Primeira Revelação.
 
01 (Domingo)– Conhece-te a ti mesmo / Roberto Sabbadini
Dirigente - Gelson
04 (Quarta) – Moisés a Primeira Revelação / Estudo de Grupo

08 (Domingo) – As Três Revelações / Sr Adir
Dirigente – Helaine Sabbadini
11 (Quarta) – Moisés, do Politeísmo ao Monoteísmo / Luciane Toscano

15 (Domingo) – Bem Aventurados os Aflitos / Marlene
Dirigente – Rita Sales
18 (Quarta) – As Três Revelações / Sônia

22 (Domingo) – Moisés, do Politeísmo ao Monoteísmo / Alex Chaves
Dirigente - Sandra
25 (Quarta) – O Advento do Cristo / Estudo de Grupo

29 (Domingo) – Moisés a Lei, Jesus o Amor / Paulo Barbosa
Dirigente - Pinheiro

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PROGRAMAÇÃO DO MÊS DE ANIVERSÁRIO DO GEAF – DIVULGUEM E COMPAREÇAM!



Ante os desajustados da Terra, respeita-lhes o caminho e silencia quando não lhes consigas compreender as leitas entremeadas do pranto que desconheces.”(Meimei)

Dia 06/11/2011
Seminário:  A Importância da Evangelização Infanto-Juvenil
Expositor: Ana Márcia Marques Oliveira (Niterói- Rio das Ostras )
Dia 06/11/2011
Palestra Pública:   Nosso Lar
                Expositor: Tânia Jardim – (Macaé)
Dirigente: Maria Rita
                20:30 h – Apresentação da Evangelização Infantil

Dia 13/11/201
Seminário: O Socorro Mediúnico com Jesus
                    Expositor: Mauricio Ravizzini ( Niterói)        
Dia 13/11/2011
Palestra Pública –  Obsessão
Expositor:  Fábio Sales
Dirigente:  Gelson
20/11/2011
Seminário: O Passe  
              Expositor:   Roberto Sabbadini

20/11/2011       
Palestra Pública:  Irmã Blandina
Expositor: Helaine Sabbadini
Dirigente: Heloisa

27/11/2011
Seminário: Convivência no Centro Espírita
Expositor: Magali  Rodrigues Andrade (Niterói)

27/11/2011
Palestra Pública: A Função da Casa Espírita
         Expositor: Magali Rodrigues Andrade (Niterói)
Dirigente: Luis Bueno
    20:30 h – Apresentação da Mocidade
Horário:  Seminários: de 09 ás 12:00h.
Palestras Públicas: de 19:30h às 20:30h

Divulguem! Sua presença será indispensável!


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Meimei - Mentora do GEAF

Biografia de Meimei

Homenageada por tantas casas espíritas, que adotam o seu nome; autora de vários livros psicografados por Chico Xavier, entre eles: "Pai Nosso", "Amizade", "Palavras do Coração", "Cartilha do bem", "Evangelho em Casa", "Deus Aguarda", "Mãe" etc... e, no entanto, tão pouco conhecida pelos testemunhos que teve de dar quando em vida, Irma de Castro - seu nome de batismo - foi um exemplo de resignação ante a dor, que lhe ceifou todos os prazeres que a vida poderia permitir a uma jovem cheia de sonhos e de esperanças. Meimei nasceu em 22 de outubro de 1922, na cidade de Mateus Leme - MG e transferiu residência para Belo Horizonte em 1934, onde conheceu Arnaldo Rocha, com quem se casou aos 22 anos de idade, tornando-se então, Irma de Castro Rocha. O casamento durou apenas dois anos, pois veio a falecer com 24 anos de idade, no dia 01 de Outubro de 1946, na cidade de Belo Horizonte-MG, por complicações generalizadas devidas a uma nefrite crônica.


A Origem da Doença


Durante toda a infância Meimei teve problemas em suas amígdalas. Tinha sua região glútea toda marcada por injeções. Logo após o casamento, voltou a apresentar o quadro, tendo que se submeter a uma cirurgia para extração dessas glândulas. Infelizmente, após a operação, um pequeno pedaço permaneceu em seu corpo, dando origem a todo o drama que viria a ter que enfrentar, pois o quadro complicou-se com perturbações renais que culminaram com hipertensão arterial e craniana.


O Sofrimento


Devido à hipertensão, passou a apresentar complicações oculares, perdendo progressivamente a visão e tendo que ficar dia e noite em um quarto escuro, sendo que nos dois últimos dias de vida já estava completamente cega. Durante os últimos dias de vida, o sofrimento aumentou. Tinha de fazer exames de urina, sangue e punções na medula, semanalmente. Segundo Arnaldo Rocha, seu marido, Meimei viveu esse período com muita resignação, humildade e paciência.


O Desencarne


Os momentos finais foram muito dolorosos. Seus pulmões não resistiram, apresentando um processo de edema agudo, fazendo com que ela emitisse sangue pela boca. Seus últimos trinta minutos de vida foram de desespero e aflição. Mas, no final deste quadro, com o encerramento da vida física, seu corpo voltou a apresentar a expressão de calma que sempre a caracterizou. Meimei foi enterrada no cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.


Surge Chico Xavier


Aproximadamente cinqüenta dias após a desencarnação da esposa, Arnaldo Rocha, profundamente abatido, acompanhado de seu irmão Orlando, que era espírita, descia a Av. Santos Dumont, em Belo Horizonte, quando avistou o médium Chico Xavier. Arnaldo não era espírita e nunca privara da companhia do médium até aquele momento. Quase dez anos atrás haviam-no apresentado a ele, muito rapidamente. Ele devia ter pouco mais de doze anos. O que aconteceu ali, naquele momento, mudou completamente sua vida. E é ele mesmo quem narra o ocorrido: "Chico olhou-me e disse: "Ora gente, é o nosso Arnaldo, está triste, magro, cheio de saudades da querida Meimei"... Afagando-me, com a ternura que lhe é própria, foi-me dizendo: "Deixe-me ver, meu filho, o retrato de nossa Meimei que você guarda na carteira." E, dessa forma, após olhar a foto que Arnaldo lhe apresentara, Chico lhe disse: - Nossa querida princesa Meimei quer muito lhe falar!"


E, naquela noite, em uma reunião realizada em casa de amigos espíritas de Belo Horizonte, Meimei deixou sua primeira mensagem psicografada. E, com o passar dos anos, Chico foi revelando aos amigos mais chegados que Meimei era a mesma Blandina, citada por André Luiz na obra "Entre a Terra e o Céu" (capítulos 9 e 10), que morava na cidade espiritual "Nosso Lar"; disse, também, que ela é a mesma Blandina, filha de Taciano e Helena, que Emmanuel descreve no romance "Ave Cristo", e que viveu no terceiro século depois de Jesus.


Enfim, para concluir, resta apenas dizer que "Meimei" era um apelido carinhoso que o casal Arnando-Irma passou a usar, após a leitura de um conto chamado "Um Momento em Pequim", de autor americano. Ambos passaram a se tratar dessa forma: "Meu Meimei". E, segundo Arnaldo, Chico não poderia saber disso.

(Meimei - expressão chinesa que significa "amor puro")

Materialização de Meimei


"Uma noite, sentimos um delicioso perfume. Intimamente, achei que era o mesmo que Meimei costumava usar. Surpreendi-me quando percebi que o corredor ia se iluminando aos poucos, como se alguém caminhasse por ele portando uma lanterna. Subitamente, a luminosidade extinguiu-se. Momentos depois, a sala iluminou-se novamente. No centro dela, havia como que uma estátua luminescente. Um véu cobria-lhe o rosto. Ergueu ambos os braços e, elegantemente, etereamente, o retirou, passando as mãos pela cabeça, fazendo cair uma cascata de lindos cabelos pretos, até a cintura. Era Meimei. Olhou-me, cumprimentou-me e dirigiu-se até onde eu estava sentado. Sua roupagem era de um tecido leve e transparente. Estava linda e donairosa! Levantei-me para abraçá-la e senti o bater de seu coração espiritual. Beijamo-nos fraternalmente e ela acariciou o meu rosto e brincou com minhas orelhas, como não podia deixar de ser. Ao elogiar sua beleza, a fragrância que emanava, a elegância dos trajes, em sua tênue feminilidade, disse-me: - "Ora, meu Meimei, aqui também nos preocupamos com a apresentação pessoal! A ajuda aos nossos semelhantes, o trabalho fraterno fazem-nos mais belos e, afinal de contas, eu sou uma mulher! Preparei-me para você, seu moço! Não iria gostar de uma Meimei fe
ia!"


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Biografia

Yvonne do Amaral Pereira nasceu em Valença, RJ, em, 24 de dezembro de 1900 e desencarnou na cidade do Rio de Janeiro no dia 09 de março de 1984.
Yvonne foi uma médium brasileira, autora de diversos e substanciosos livros psicografados, livros cuja estrutura literária embasava-se em fatos vivenciadas pela médium em passadas existências.

Yvone Pereira foi uma das mais respeitadas médiuns brasileiras, autora de romances psicografados bastante conhecidos entre os espíritas. Dedicou-se por muitos anos à desobsessão e ao receituário mediúnico homeopático.
Filha de Manuel José Pereira Filho, um pequeno comerciante, e de Elizabeth do Amaral, foi a primeira de seis filhos do casal. A mãe já havia tido um filho de seu primeiro casamento.
Recém-nascida, com apenas 29 dias, teve um acesso de tosse que a sufocou, deixando-a em estado de catalepsia, em que se manteve por seis horas. O médico e o farmacêutico da localidade chegaram a atestar o óbito por sufocação. A família preparou o corpo da bebê para o velório, colocando-lhe um vestido branco e azul, adornando-a com uma grinalda, enquanto aguardava o pequeno caixão branco da praxe. Nesse momento, sua mãe retirou-se para o interior da residência da família para orar. [carece de fontes?] Momentos depois, a bebê acordou, chorando.
Yvonne cresceu numa família espírita. O pai enfrentou a falência comercial por três vezes. Posteriormente viria a tornar-se funcionário público, cargo que ocupou até o fim da vida, em 1935. Era comum a família abrigar pessoas necessitadas, vivências que, segundo Yvone, marcariam sua vida para sempre.
Com quatro anos de idade, a menina já dizia ver e ouvir espíritos, os quais, segundo ela, considerava como pessoas normais. Dois dos amigos invisíveis apareciam com mais freqüência:
  • Charles, a quem ela considerava seu verdadeiro pai, devido a lembranças que teria de uma encarnação anterior, em que a "entidade" teria sido seu pai.
  • Roberto de Canalejas, que teria sido um médico espanhol de meados do século XIX.
As visões lhe perturbavam, e vinham junto com uma imensa saudade do que seria uma encarnação anterior, na Espanha, que, dizia, recordava com clareza. 
Considerava seus atuais familiares, principalmente o pai e os irmãos, como pessoas estranhas, assim como estranhava a casa e a cidade onde morava. 
Em razão desses conflitos, até os dez anos de idade passou a maior parte do tempo na casa da avó paterna.
Aos oito anos de idade, a menina viveu novo episódio de catalepsia. Certa noite, durante o sono, percebeu-se diante de uma imagem do Senhor dos Passos pedindo socorro, pois sofria muito. A imagem, então, animando-se, dirigiu-lhe as palavras: Vem comigo minha filha: será o único recurso que terás para suportar os sofrimentos que te esperam. A menina, aceitando a mão que lhe era estendida pela imagem, subiu os degraus do altar e não se lembrou de mais nada.
Nessa idade teve o primeiro contato com um livro espírita. Posteriormente, aos doze anos, ganhou de presente do pai O Evangelho segundo o Espiritismo e o Livro dos Espíritos. Aos treze anos de idade começou a freqüentar sessões práticas de Espiritismo.




 Quando dos dez anos de sua morte, a revista Reformador (março, 1994) publicou extensa matéria em memória da médium, de autoria de Augusto Marques de Freitas.
Ali, o articulista resumiu o sentimento que os espíritas dedicam-lhe: "A vida a a obra de Yvonne do Amaral Pereira ficarão gravadas para sempre no coração de todos nós e na História do Espiritismo."


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ante a Mediunidade

Jesus nos inspire na manutenção e dedicação às tarefas espíritas e ao Seu Evangelho Redentor, único capaz de nos reerguer do lodaçal das próprias imperfeições milenares!
Meus amigos e meus irmãos, que manancial é a mediunidade, como foi dito[1], ainda indevassável, indecifrável, quando apreciada somente do ponto de vista do tarefeiro atrelado às lidas na vida material. De fato.
No Livro dos Espíritos[2] possuímos anotado, com clareza, que os espíritos superiores são simpáticos àqueles que, com humildade, reconhecem que podem muito pouco dentro das suas possibilidades particulares, e que somente com o concurso do mais Alto o trabalho poderá ser efetivo. Contudo, aqueles que se consideram indispensáveis e que lhes bastam o próprio conhecimento, as próprias possibilidades adquiridas e os quesitos mediúnicos dos quais se julguem detentores, dificilmente lograrão o amparo dos espíritos superiores. Onde estiver conjugada a postura da vaidade e do orgulho, por julgar-se a criatura capaz de – como individualidade – ser eficaz numa tarefa, o malogro será iminente.
Como muito bem foi exposto; nenhum médium funcionará sozinho ou desprovido da devida compreensão e humildade, haja vista o caráter interpessoal da sensibilidade, sem o amparo dos espíritos superiores, o que infunde disciplina, comprometimento, seriedade em todos os padrões de comportamento.
Minha vida na experiencia física foi pautada dentro destas normas as quais, muitas vezes, julguei demasiado rígidas, excessivamente pesadas, contudo, somente o decesso do corpo pesado foi capaz de mostrar-me, corroborando, que não há outro caminho senão este; o de nos desvencilharmos do personalismo para sermos um conjunto obediente e passivo à direção dos espíritos superiores.
Fazemos parte de um grupo, por Misericórdia de Deus, que tem assistido nas extensões do nosso Brasil àqueles conjuntos de médiuns, em Instituições do Cristianismo Redivivo, que realmente desejam triunfar na tarefa de relação superior com o plano espiritual. Para tanto e como tal devemos salientar que não é possível postergar, seriedade, compromisso, conhecimento e renúncia, posto que;
- A tarefa mediúnica com Jesus Cristo requisita abdicação e completa renúncia dos pequenos prazeres que, muitas vezes, julgamos inofensivos...
- A mediunidade iluminativa solicita desapego dos tantos pensamentos que, sobradas vezes, achamos insignificantes...
- A mediunidade em seus moldes redentores conclama o total esforço no esquecimento de mágoas que, às vezes, computamos à conta da própria condição humana, e isto não é verdade...
- A mediunidade em seus padrões elevados requer dissociação das pequenas concessões e das mais insignificantes invigilâncias, pois que levam à derrocada o trabalho profícuo e profuso realizado em uníssono com os espíritos maiores.
Muitas vezes temos ouvido nos lugares visitados, por mercê do amparo de Jesus Cristo e dos espíritos que conduzem o Movimento Espírita nas plagas do Cruzeiro, no nosso Brasil, terra que nos recebeu e recebe como pátria abençoada nas experiências renovadoras, colocações quais: “sou imperfeito, desta forma, permito-me ainda errar ou aceito este ou aquele pensamento menor, esta ou aquela pequenina atitude desalinhada... Não sou perfeito, ainda sou passivo de caminhar pelos terrenos dos enganos, inerentes à minha condição inferior...”  E vamos dando desculpas para a nossa indisciplina mental, vamo-nos dando desculpas,  seguidas desculpas, para a própria inércia, para a própria indigência e invigilância, para a própria falta de comprometimento espiritual e ético moral.
Voltamos a lembrar o que o Codificador trouxe para a nossa Doutrina através das instruções elevadas: - que os espíritos superiores são simpáticos àqueles que se devotam às tarefas com legítima humildade reconhecendo que são necessitados desse amparo para que o trabalho tenha a extensão e a finalidade que lhe é devido.[3]
A Espiritualidade Maior jamais coadunará com os desculpismos que são comuns a nós outros, enquanto encarnados na Terra, assim sendo, ela apenas observará, ao largo da vida de cada um e sem se imiscuir em decisões de foro intimo, de ordem individual pelo livre arbítrio. Nada obstante, terá cada um que responder, cedo ou tarde, pelo bom ou mal resultado ante as responsabilidades assumidas no campo da mediunidade que foi entregue ou construída na realidade individual, desde um passado de grandes erros, de grandes compromissos, nos ardorosos embates morais, ante a vida que não cessa e o Eterno.
Na condição de irmã em constante aprendizado,
Na condição de irmã profundamente em débito, ante as Leis Divinas,
Na condição de irmã que, ainda, se coloca sob as mãos firmes e disciplinares de seus Maiores,
Na condição daquele que tudo deseja compartilhar afirmo: - o maior laurel de um médium é compreender que tem feito todo o possível para que o seu trabalho jamais seja maculado pelos traços do personalismo[4], pois, quaisquer posturas de ordem inferior, ainda que não anotadas por aqueles nas circunjacências de nosso centro de atividades; ainda que não percebidas por alguns, estarão latentes em nós, devendo o medianeiro podá-las pela raiz como o jardineiro diligente e fiel poda uma erva daninha que tenta se emaranhar numa bela roseira de florações promissoras.

Meus irmãos, não nos rendamos às pequenas acedências inferiores; não apropriemos os pensamentos nocivos que nos fazem acreditar que podemos fazer concessões a nós próprios, através das pseudas justificativas para sentir, agir, pensar, hoje ou amanhã, em questões de teor menos elevado.
Vamos ser diligentes,
vamos ser vigilantes,
vamos ser operantes!
O médium, como e onde esteja, é uma individualidade em débito com as Leis de Deus necessitando, por isto mesmo, ajustar-se através da tarefa, que é dádiva da Misericórdia Divina. Nela, indubitavelmente, jaz valiosa oportunidade outorgada ao Médium, neste momento, dentro de uma instituição espírita e com todas as possibilidades de êxito!
Se malbaratada, se desperdiçada, tal oportunidade certamente não será oferecida em condições semelhantes, quiçá, em condições muito mais difíceis para que, aquele em débito com as Leis Eternas, consiga resgatar o seu passado de compromissos clamorosos.
Que nenhuma questão de ordem ilusória remanesça nos objetivos do médium espírita cristão, pois o lidador consciente compreender-se-á como alguém que:
- nada possui, na expressão e resultados de seus trabalhos,
- não é absolutamente importante em detrimentos de outros,
- não é criatura diferente, do ponto de vista de intimidade com o Alto,
- não é alguém que possua qualquer valor diferente, como um privilégio, para si mesmo, para o outro ou para a instituição em que labore.
 Somos companheiros iguais em luta, somos irmãos em aprendizagem e a mediunidade se abre ao infinito quando buscarmos compreendê-la apropriadamente.
Busquemos desmistificá-la, busquemos desvelá-la, mas só poderemos fazê-lo com o coração! Para que se entenda a mediunidade de maneira superior, não há outro meio, senão pela única via – a do coração; da fraternidade, do amor e da dedicação incondicional a Jesus Cristo.
Busquemos isto meus irmãos, enquanto viceja a saúde, enquanto viceja a juventude, enquanto vicejam as oportunidades! Busquemos isto, busquemos isto, enquanto as possibilidades vicejam!
Que Jesus nos fortaleça, que Jesus nos arrime, uns aos outros, na direção de nossa caminha com Ele.
 Meu abraço fraternal, muito obsecrada a todos vocês,

Yvonne, ainda que como tal eu seja identificada, embora espírito sem nome, caminheiro da Eternidade.

Yvonne do Amaral Pereira
Mensagem Psicofônica recebida em Reunião Mediúnica no
Grupo Espírita Amor e Fraternidade, Rio das Ostras, RJ
Em de 19 de outubro de 2011
Por Helaine Coutinho Sabbadini




[1]  Menção feita ao estudo que antecedeu à reunião.
[2] O Livro dos Espíritos / Prolegômenos - “Lembra-te de que os Bons Espíritos só dispensam assistência aos que servem a Deus com humildade e desinteresse e que repudiam a todo aquele que busca na senda do Céu um degrau para conquistar as coisas da Terra; que se afastam do orgulhoso e do ambicioso. O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira erguida entre o homem e Deus. São um véu lançado sobre as claridades celestes, e Deus não pode servir-se do cego para fazer perceptível a luz.”
[3] Vide - Livro Médiuns, Cap. XX, Da Influência Moral do Médium.
227 - As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.
228 - Todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. A que, porém, eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma. O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que, se não fora essa imperfeição, teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis, ao passo que, presas de Espíritos mentirosos, suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e mais de um se viu humilhado por amaríssimas decepções.
Observa-se em vários pontos da Codificação menções dos espíritos superiores acerca do que ressalta o Espírito aqui comunicante. (Nota da médium)
[4] Grifo nosso

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Para Reflexão

"Se queres felicidade
apoio harmonia e paz
atende as indicações
de nosso Senhor Jesus
começa o dia pensando
no que o dever determina
e roga em prece o roteiro
da providência Divina
ergue-te cedo e se falas
fala a palavra do bem
auxilia a quem te ouça
não penses mal de ninguém
se existe algum desarranjo
em teu distrito da ação
conserta sem reclamar
não te lamentes em vão
trabalha quanto puderes
que o trabalho é vida em suma
o tempo igual para todos
não para de forma alguma
se alguem te ofende perdoa
quem de nós não pode errar?
não ha quem colha perdão
se não sabe perdoar
trilhando a estrada sombria
de prova rixa e pesar
acende a luz da concórdia
e ajuda sem perguntar
problemas?dificuldades?
aprendamos dia a dia
que a bondade tudo entende
quem serve não se transvia
onde a tristeza se espalha
e a vida se ilude ou cansa
sê caridade consolo
serenidade esperança
e chegando em cada noite
por sobre os caminhos seus
dormirás tranquilamente
na benção do amor de Deus."


Casimiro Cunha (Chico Xavier)